Paisagens do vinho: uma leitura geográfica da vitivinicultura brasileira (DIRPE/PSFE 001/2022)
Publicado: 01/07/2024 - 19:27
Última modificação: 01/07/2024 - 20:20
Resumo
Atualmente, a área de produção de uvas para fabricação de vinho no Brasil é de 83,7 mil hectares, a maioria em pequenas propriedades de menos de 2 hectares, localizadas na região Sul, mas também em São Paulo, Bahia, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais (FERREIRA e FERREIRA, 2016, p. 43 e 44). A partir do ano 2000, foram criadas dezenas de vinícolas produtoras de vinhos finos. Dados de 2018 indicam que a compra da bebida se intensificou em 13% e que no período de pandemia houve maior incremento, o que provavelmente se rebate na extensão dos cultivos de uva. A expansão da vitivinicultura pode ser abordada pelos geógrafos de formas diferentes. Uma delas está pautada na compreensão das condicionantes físicas, principalmente clima, solos e relevo, que associados às diferentes tecnologias empregadas, resultam em tipos de vinhos específicos. Nesse sentido, o que explica a atual expansão da viticultura em ambientes antes considerados inaptos à produção de uva? Os componentes ambientais físicos ainda se mantêm como condicionantes principais para o cultivo da uva ou a tecnologia empregada nas áreas agrícolas conseguiram superar a falta de aptidão de algumas áreas? Partindo dessas indagações o projeto se propõe a investigar as causas que explicam o cultivo de uvas para produção de vinhos finos e de mesa em lugares antes inimagináveis no Brasil. Os procedimentos operacionais são: pesquisa bibliográfica e cartográfica; utilização de Sistemas de Informação Geográfica, e visitas de campo.
Vigência: 2022 a 2024